O papel do analista de negócios nas empresas

O analista de negócios nas empresas busca oportunidades e soluções que estejam alinhadas com os objetivos e planos da corporação.

As empresas estão em uma busca constante por evolução para garantir sua sobrevivência no mercado ou alcançar um novo patamar, e a tecnologia da informação é uma das ferramentas mais importantes para apoiar essa evolução. Entretanto, uma das grandes dificuldades das empresas sempre foi o alinhamento entre as áreas de negócios e a equipe de TI.

Atuando de maneira isolada, é comum que os times de tecnologia e as áreas de negócios não consigam chegar a um acordo sobre como criar soluções que agreguem valor à empresa. Com o intuito de transpor essa dificuldade de alinhamento foi criado o conceito da análise de negócios, que busca:

  • Compreender as necessidades de negócio;
  • Identificar oportunidades de crescimento e inovação que sejam alinhadas com os planos da empresa;
  • Propor soluções tecnológicas aderentes a esses objetivos.

Para cumprir bem sua função, o analista de negócios deve possuir conhecimento técnico e prático do negócio. Sem essas condições básicas, é muito difícil a prática correta da análise de negócios, pois não é adequado indicar soluções para um domínio desconhecido. Esse conhecimento amplo sobre o funcionamento das diferentes áreas da empresa o habilita a entender as reais necessidades e indicar quais seriam as melhores soluções para atendimento das demandas.

Quais habilidades devem ser desenvolvidas pelo analista de negócios nas empresas?

livro BABOK (Business Analysis Body of Knowledge – Corpo de conhecimento da análise de negócios) fornecido pela IIBA ( International Institute of Business Analysis) define outros conhecimentos fundamentais para desempenhar as atividades da análise de negócios:

Pensamento Analítico e Resolução de Problemas

Este conhecimento é responsável pela análise dos problemas e oportunidades, e pela capacidade de identificar as mudanças que podem entregar maior valor para a corporação.

Características Comportamentais

O analista de negócios deve ter qualidades como ética, organização e gerenciamento do tempo, adaptabilidade e confiabilidade.

Habilidades de Comunicação

É fundamental para um analista de negócios transmitir e incorporar as informações de forma clara, independente da forma de transmissão: verbal, escrita ou não verbal – através de gestos ou contato visual, dentre outras formas. Também deve saber ouvir e entender a comunicação transmitida verbalmente e contextualizá-la corretamente.

Habilidades de Interação

Esta habilidade é relacionada à cooperação e à comunicação com pessoas de diferentes perfis, incluindo executivos, patrocinadores, membros da equipe, desenvolvedores e usuários finais. Algumas competências desta área de conhecimento são a facilitação, ou seja, a habilidade em moderar discussões com efetividade; a liderança e a capacidade de influenciar outras pessoas; o trabalho em grupo; a negociação e resolução de conflitos, e a capacidade de ensinar.

Ferramentas e tecnologia

É importante ter traquejo na utilização de diversos recursos, desde processadores de texto até ferramentas de modelagem e diagramação.

Algumas atividades desempenhadas pelo analista de negócios nas empresas

Muitas são as atividades realizadas pelo analista de negócios nas empresas. Uma das mais importantes é a identificação e classificação das pessoas (ou grupo de pessoas) que são afetadas direta ou indiretamente pela solução, os stakeholders, que assumem um papel fundamental na concepção das soluções. São aqueles que conhecem bem os processos e auxiliam na identificação dos requisitos, que são as condições que determinam como deve ser a operação de uma solução.

As atividades referentes à manipulação dos requisitos são identificação, classificação, rastreabilidade, manutenção, priorização, formalização, dentre outras. Tais atividades são decisivas para atingir o sucesso na construção e aprimoramento das soluções. Um aspecto importante no que diz respeito aos requisitos é a classificação dos mesmos. Existem diversas maneiras de classificar os requisitos de um sistema, sendo que uma das mais conhecidas é a proposta pelo BABOK:

Requisitos de negócios

Declaração de metas, objetivos e resultados que descrevem a necessidade das mudanças.

Requisitos de stakeholders

Descrevem as necessidades de cada um dos perfis envolvidos no projeto, e como irá interagir com a solução. Podem servir como ponte entre os requisitos de negócios e solução.

Requisitos da solução

Descreve as capacidades que a solução deve possuir para adequar-se aos requisitos de negócios. São frequentemente divididos em duas categorias:

  • Requisitos funcionais: descrevem as capacidades que a solução deve possuir para atender às necessidades.
  • Requisitos não funcionais: descrevem as condições ambientais sob as quais a solução deve operar ou quais qualidades exigirá, podendo incluir aspectos referentes à segurança, disponibilidade e desempenho. Esses requisitos são também conhecidos como requisitos de qualidade ou suplementares.

Requisitos de transição

Descrevem capacidades que a solução deve possuir para facilitar a transição do estado atual para um estado futuro desejado, mas que não serão mais necessárias uma vez concluída a transição.

A Evolução do papel de Analista de Negócios nas Empresas

Tendo surgido de maneira empírica, a atividade de análise de negócios foi ganhando relevância justamente por alinhar as necessidades das diferentes áreas aos objetivos da empresa. À medida que mais profissionais começaram a se dedicar a essa atividade dentro das empresas, foi fundado em 2003 o International Institute of Business Analysis (IIBA), com o objetivo de suportar e promover a disciplina de Análise de Negócios.

A primeira versão do Business Analysis Body of Knowledge (BABOK), que reflete as práticas de análise de negócios geralmente aceitas, foi liberada em 2004 e, posteriormente, o IIBA passou a oferecer certificação para os profissionais da área. Atualmente o IIBA tem mais de 30.000 profissionais associados, divididos em mais de 100 capítulos locais em 6 continentes. No Brasil, há capítulos em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e Recife.

Naturalmente, a difusão de conhecimento e de boas práticas permite formar novos profissionais, padronizar e consolidar a atividade de análise de negócios no mercado. Simultaneamente, o entendimento pelo mercado do papel exercido pelo analista de negócios promove o alinhamento entre as áreas de negócios e de tecnologia, permitindo o desenvolvimento de novas soluções que favorecem ações estratégicas e o aumento de competitividade das empresas.

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