Como planejar uma migração para a nuvem eficaz

A migração para a nuvem é um dos processos de transformação digital que pode reduzir os custos de TI e aprimorar o desempenho, segurança, entre outras vantagens para as empresas que desejam mover os aplicativos e dados de um local, geralmente de servidores privados, para servidores de nuvem pública ou entre nuvens diferentes.

De acordo com a pesquisa de computação em nuvem de 2022 da Foundry, 69% das empresas aceleraram sua migração para a nuvem nos últimos 12 meses e a porcentagem de empresas com a maior parte ou toda a infraestrutura de TI na nuvem deve saltar de 41% hoje para 63% nos próximos 18 meses.

Não há um roteiro exato para migrar para a nuvem, tudo irá depender do tamanho e da complexidade do ambiente. Uma das maiores dificuldades encontradas pelos responsáveis pela área de TI é justificar os gastos referentes à migração: os líderes executivos devem considerar a cultura organizacional e as prioridades de negócios de sua organização ao justificar a migração para a nuvem.

Ainda segundo a Foundry, 72% dos entrevistados dizem que sua organização está adotando serviços baseados em nuvem como padrão ao atualizar ou adquirir novos recursos técnicos. No entanto, para migrar fluxos de trabalho e aplicativos existentes, 32% estão reconstruindo ou refatorando a maioria de seus aplicativos para a nuvem e outros 33% estão ampliando seu ambiente local migrando os principais aplicativos com uma abordagem de nuvem híbrida.

A questão é que no processo de migração para uma organização toda embasada em Cloud Computing há etapas que podem facilitar uma migração bem-sucedida, que gere valor real futuro. Uma das principais etapas é ter uma visão clara dos seus investimentos em nuvem e com os parceiros certos, como a Opus, você pode ter auxílio ao otimizar o ambiente e a performance de um modo que não estoure o orçamento, mantendo sua empresa atualizada na jornada da transformação digital.

Por isso, se você está planejando realizar sua migração para a nuvem e aproveitar os benefícios que a computação em nuvem pode te oferecer, continue a leitura e conheça nossas dicas.

 

Quais são os tipos de migração para nuvem?

Para classificar os tipos de migração para nuvem, dois fatores técnicos devem ser levados em consideração: o tipo de recurso, ou “carga de trabalho”, que está sendo migrado e o local para o qual está sendo migrado. Isso posto, há quatro tipos de migração para a nuvem que podemos elencar.

Migração de datacenter

Com a Cloud Computing, a infraestrutura não é mais um problema. Este é um processo que move dados de servidores locais, geralmente armazenados em uma sala de servidores em um escritório da organização – ocupando espaço físico e necessitando de constante monitoramento e manutenção -, para servidores de um provedor de nuvem, altamente seguros. Normalmente essa migração de datacenter acontece por redes de alta capacidade, mas caso não esteja disponível, é possível enviá-los fisicamente e depois carregar os dados nos servidores do provedor.

Migração de nuvem híbrida

Muitas organizações optam por utilizar os dois modos de armazenamento de dados: deixam alguns recursos em seu datacenter local e movem a outra parte para a nuvem, criando, assim, uma nuvem híbrida. A nuvem híbrida proporciona certa flexibilidade entre as nuvens, já que é possível escolher a carga de trabalho ideal para cada uma delas, o que estabelece uma boa relação custo-benefício para as empresas. Nuvens híbridas também são úteis para backup de nuvem para nuvem.

Migração de nuvem para nuvem

A multicloud já é uma realidade para muitas organizações e mover recursos de nuvem para nuvem acaba por se tornar uma necessidade. Esse tipo de migração também é útil quando uma organização deseja aproveitar os produtos e serviços de diferentes plataformas.

O gerenciamento entre diversas nuvens pode ser um grande desafio para as empresas que desejam utilizar os benefícios de multicloud, mas uma estratégia de DevOps pode ajudar nessa organização e tornar a migração eficiente.

Migração de aplicativo, banco de dados e mainframe

Linux, SAP, SQL Server e Windows Server são algumas das cargas de trabalho mais migradas. Os benefícios incluem custos mais baixos, segurança, desempenho mais rápido e confiável, acesso a ferramentas para desenvolvedores e APIs baseadas em nuvem e a opção de aumentar ou diminuir a capacidade sem a necessidade de comprar, instalar e manter novos equipamentos.

De acordo com o Estudo de Cloud Computing da Foundry, em média, 63% das implantações de nuvem pública das empresas atualmente utilizam um único provedor de nuvem. Ainda assim, apenas 16% dependem de um único provedor para todas as suas implantações de nuvem pública, enquanto 74% usam mais de um provedor de nuvem pública.

O estudo também destaca que enquanto 18% dos entrevistados não têm intenção de adotar uma arquitetura híbrida ou multicloud, 36% estão atualmente avaliando ou pesquisando uma ou outra.

O restante tem preferência distinta (29%) pela nuvem híbrida, com 19% em processo de implantação e 10% afirmando que já possuem nuvem híbrida e não pretendem implantar multicloud. Em comparação, 18% estão em processo de implantação (11%) ou implantaram (7%) uma arquitetura multicloud.

Além disso, outros termos que são importantes destacar para entender melhor o processo de migração para a nuvem são os diferentes modelos de conexão e de serviços gerenciados que a maioria dos provedores oferecem: Software as a Service (SaaS); Platform as a Service (PaaS); Security as a Service (SaaS) e Infrastructure as a Service (IaaS).

>>Leitura recomendada: IaaS, PaaS e SaaS: os 3 serviços clássicos

 

Como se planejar para a migração?

De acordo com o provedor de software de segurança McAfee, 52% das empresas experienciam melhor segurança em cloud do que com TI tradicional. “Já se foram os dias em que os gerentes de TI enfrentavam resistência por optar por implantar cargas de trabalho na nuvem em vez de seu próprio data center privado”, diz Eric Knorr, editor-chefe da IDG Communications, Inc.

“Com sua agilidade e escalabilidade, especialmente durante um período onde as ferramentas de colaboração baseadas em nuvem são essenciais para um ambiente de trabalho remoto bem-sucedido, a computação em nuvem está mostrando uma forte curva de adoção. No entanto, as empresas também estão aprendendo que seus aplicativos migrados precisam ser gerenciados e otimizados adequadamente para atender às suas expectativas; daí a necessidade de ferramentas de gerenciamento multicloud e funções específicas da nuvem”, continua ele.

A Microsoft listou seis estágios básicos de planejamento de migração para a nuvem, que podem ser adaptados a diferentes tipos de migração. São eles:

  1. Definir uma estratégia;
  2. Escolher o plano (do provedor), que se alinhe aos objetivos da organização;
  3. Preparar os ambientes locais e de nuvem;
  4. Mover as cargas de trabalho;
  5. Administrar a migração, implantando um parâmetro de comparação e implementando boas práticas;
  6. Gerenciar usando metodologias comprovadas.

Sem seguir um planejamento, será muito difícil realizar uma migração bem-sucedida, que esteja alinhada às metas da organização. Por isso, é imprescindível dar atenção às primeiras duas etapas, tornando a migração benéfica e vantajosa a médio e longo prazo.

Os 7R’s da migração para a nuvem

Existem sete estratégias comuns de migração de aplicativos e dados para a nuvem, baseadas nos 5 Rs identificados pela Consultoria Gartner em 2011, aprimorados e atualizados, tornando-se 7Rs. São eles:

  1. Rehost (Rehospedar) – Também colocado como “lift and shift”, seria mover um aplicativo para a nuvem sem fazer qualquer alteração, para aproveitar os recursos oferecidos pelo provedor. Também é bastante conhecido por ser a estratégia de migração de servidores físicos para uma solução IaaS (Infraestrutura como Serviço).

  2. Repurchase (Recompra) – Essa estratégia, também conhecida como “drop and shop”, visa mudar para um produto diferente, normalmente migrando de uma licença tradicional para um modelo SaaS (Software as a Service).

  3. Refactoring (Rearquitetar) – Mover um aplicativo e modificar sua arquitetura, aproveitando ao máximo os recursos nativos da nuvem. Normalmente envolve a portabilidade do sistema operacional e do banco de dados.

  4. Replataform (Replataforma) – Essa estratégia consiste em mover um aplicativo para a nuvem e introduzir algum nível de otimização para aproveitar os recursos da nuvem. Essa é uma estratégia ótima para empresas que não podem reestruturar os sistemas legados de TI ao migrar para a nuvem.

  5. Relocate (Realocar) – Esta é mais uma abordagem focada em infraestrutura, como a Rehospedagem, porém de uma forma mais simples, sem comprar um novo hardware, reescrever aplicativos ou modificar operações. É um tipo de migração que pode ser realizado por uma equipe de operações devidamente qualificada, sem envolvimento de desenvolvedores de aplicativos.

  6. Retain (Reter) – Manter os aplicativos em seu ambiente de origem, pois não há justificativa comercial para migrá-los ou não é o momento correto para isso.

  7. Retire (Retirar/Aposentar) – Desativar ou remover aplicativos que não são mais necessários em seu ambiente de origem. Essa “aposentadoria” permite que a organização se concentre em aplicativos e dados que oferecem mais valor.
 

Benefícios e desafios de migrar para a nuvem

A migração para a nuvem pode gerar diversos benefícios, mas também desafios a serem vencidos. No geral, quanto maior o orçamento de nuvem de uma empresa ou quanto mais de sua infraestrutura de TI já estiver na nuvem, maior a probabilidade de ter qualquer aplicativo ou carga de trabalho na nuvem ou estar em processo de migração.

Alguns dos benefícios da migração para a nuvem mais comuns elencados pela Microsoft são:

  • otimização de custos;
  • otimização de cargas de trabalho;
  • flexibilidade e escalabilidade;
  • segurança aprimorada;
  • conformidade;
  • back-up;
  • gerenciamento e monitoramento simplificados.

Já alguns desafios enfrentados pelas organizações que passam pela migração para a nuvem são:

  • planejamento efetivo;
  • custos;
  • implementação coerente de ofertas de segurança e conformidade;
  • tempo de inatividade dos negócios durante a migração;
  • treinamento organizacional;
  • seleção de fornecedores e
  • parceiros de migração.

Com o auxílio de um parceiro de tecnologia com experiência, como a Opus, esses desafios de migração para a nuvem podem ser vencido. Se você está interessado em migrar para a nuvem, ou quer modernizar e rever a sua estrutura atual venha conversar com a gente, podemos ajudar a tornar esse plano uma realidade.


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