Open Insurance Week 2021: confira os destaques e principais painéis do evento!

Open Insurance Week 2021evento que aconteceu entre os dias 08 e 12 de novembro, promoveu uma série de debates e discussões sobre o Open Insurance e o futuro do mercado de seguros, assim como o desenvolvimento do Open Finance. A OPUS Software, claro, não ficou de fora desse evento e preparou esse conteúdo especial, compilando os destaques de cada dia, para você ficar por dentro de todas as novidades e perspectivas do Open Insurance Brasil. Veja:

Open Insurance Week – Dia 1

Dia 1 - Open Insurance Week 2021

Open Insurance – A visão do regulador

O painel de abertura do Open Insurance Week 2021, contou com a participação de Bruno Maria, Coordenador Geral de Infraestrutura de Tecnologia da Informação na SUSEP e Thiago Barata, Coordenador Geral de Open Insurance na SUSEP, que apresentaram a visão do regulador, que está atuando no desenvolvimento e implementação do Open Insurance Brasil.

Os representantes da SUSEP abordaram os principais conceitos do Open Insurance: definições tecnológicas, contexto do projeto, benefícios tanto para o mercado, quanto para os clientes, assim como os aspectos do desenvolvimento e tecnologia. Eles também comentaram sobre a proximidade que existe entre Open Banking e Open Insurance, considerando aprendizados e diretrizes técnicas, como o foco no consumidor, inovação, transparência, tecnologia e estrutura de governança. O painel também destacou aspectos relacionados à segurança, que conta com orientações específicas (organizadas em manuais), pensadas para guiar os desenvolvedores no trabalho de construção das APIs, que farão o ecossistema funcionar. Assim como no Open Banking, a FAPI (Financial Grade API), também deverá ser uma certificação padrão do Open Insurance.

Inovação aberta em seguros, transformando a experiência do cliente

A palestra girou em torno das melhorias que o Open Insurance pode trazer para o mercado financeiro. Ao falar sobre as possibilidades de modelos de negócio com APIs abertas, os palestrantes destacam a venda do Open Insurance como um serviço; o marketplace de APIs; a criação de apps white label; e o uso do Data hub e Data Mesh na coleta de informações com consentimento, para a personalização de produtos para os clientes. “O objetivo das inovações é que o Open Insurance e, futuramente, o Open Finance, tragam a interoperabilidade de dados para o mercado financeiro, ou seja, tragam a visão 360º do ciclo de vida de um cliente – desde os cartões até os seguros que o cliente precisa aderir”, afirmou Fabio Mittelstaedt, Head da Indústria de Serviços Financeiros Brasil na Microsoft.

Além disso, os palestrantes também comentaram sobre a utilização da inteligência artificial no Open Insurance. Afinal, o uso da IA pode prevenir fraudes, dar novos insights para os corretores de seguros e até mesmo reduzir a perda de clientes, criando novos modelos que correspondam às novas necessidades.

Open Insurance HOJE, Um caminho seguro!

Nesse painel ficou evidente a necessidade de se antecipar à regulamentação para conquistar vantagens competitivas no ecossistema do Open Insurance.

Guga Stocco, Futurum Capital, falou sobre a rapidez e dinamismo com o qual o mundo digital tem alcançado mercados não digitais e atribuiu essa agilidade, sobretudo, às APIs. Trazendo exemplos de experiências globais bem-sucedidas, como UBER e Amazon. Stocco apresentou também as vantagens dessas combinações de APIs para a oferta de serviços e produtos disruptivos.

Carla Nabarrete, reforçou o potencial dessa transformação para o mercado de seguros, segundo ela, sub-penetrado no Brasil, muitas vezes, por inadequação das ofertas. A diretora de estratégia, marketing e tecnologia da Wiz, falou sobre a importância da combinação de diferentes APIs, não apenas de seguros, para apoiar toda a jornada do cliente (aquisição, oferta e uso), além da análise dos dados gerados de forma preditiva, para criar produtos com custos mais acessíveis.

Departamentos de design de serviços e análise de dados foram apontados como chaves para apoiar as empresas na criação de novos modelos de negócio e aproveitamento das APIs à disposição, dando o suporte necessário para que tudo esteja interligado e garanta a escalabilidade prometida por esse novo modelo, tecnologia e profissionais experientes.

[OPUS Software] Corretores X Seguradoras: oportunidades e ameaças no Open Insurance 

Nesse painel organizado pela OPUS Software, Marcelo Feltrin, Head of Business Development da OPUS Software, Renato Pedroso, Diretor Presidente da Previsul Seguradora e Luis Henrique Forster, Sócio e Diretor comercial da Forster Seguros debateram sobre o papel dos corretores de seguros no Open Insurance.

De acordo com os painelistas, o Open Insurance é um projeto inovador que vai ao encontro da nova realidade do consumidor. Entre os benefícios, eles destacaram: entendimento profundo das necessidades do cliente, possibilidade de oferecer novas parcerias e de fazer prospecções diferentes em um modelo consultivo de entrega. Com público cada vez mais tecnológico, é preciso estar cada vez mais atento às necessidades e sentimentos. “Informação é ouro nesse mercado”, afirmou Luiz Henrique Forster.

Renato Pedroso e Luiz Henrique Forster afirmaram que ainda há pontos no Open Insurance Brasil que precisam ser definidos para evitar inseguranças no mercado, especialmente quando falamos de segurança e o papel dos corretores nesse novo ecossistema. Entretanto, ficou claro que a necessidade de se adaptar a esse novo ecossistema é latente, justamente porque estamos falando sobre um movimento mundial, o Open Finance.

É pouco provável então, que os corretores percam espaço nesse segmento, porque os produtos de seguro são complexos, já que há uma série de terminologias, restrições e amplitudes que envolvem cada serviço. Dessa forma, os corretores podem, por meio da interação com os clientes, agregar valor por meio de ofertas personalizadas ou mais nichadas.

A nova lógica aplicada ao mercado segurador 

“A necessidade nasce no dia a dia da pessoa, quando a resposta à essa necessidade está próxima, a tendência de conversão é mais alta”, é o que explica Bruno Diniz, Sócio da Consultoria Spiralem, em relação aos impactos da nova lógica de mercado com o Open Insurance.

Diniz também chamou a atenção para o movimento do embedded insurance, ou seguros embutidos, que consiste em ofertar um produto de seguros, relacionado a um contexto específico do usuário, de forma que empresas de fora do segmento possam oferecer produtos inéditos. Para Diniz, essa realidade tem potencial para fazer com que os seguros cheguem mais longe, justamente porque há uma diminuição na fricção do processo de aquisição desse tipo de serviço. Além disso, como no mercado brasileiro há uma baixa penetração do mercado segurador, Diniz acredita que essa lógica pode tornar as pessoas mais propensas a adquirir outros produtos mais complexos, impactando de forma positiva na cultura do mercado brasileiro.

O painel também destacou as possibilidades de parcerias e colaborações entre instituições e insurtechs, assim como o potencial da IoT, para fornecer dados e melhorar ainda mais a experiência do cliente, o que vai ao encontro dos pilares do Open Insurance.

Open Insurance Week – Dia 2

Dia 2 - Open Insurance Week 2021

Transformações nos negócios com Open Finance 

A palestra colocou em foco as oportunidades que o Open Insurance pode trazer para o mercado financeiro. Com a regulamentação proposta pela Susep, as instituições poderão criar novos modelos de negócio em parceria com outras empresas. “Nem todas as etapas precisam ser feitas dentro de casa”, afirmou Renato Terzi, chefe executivo na BMG Corretora, ressaltando a importância de parcerias com empresas de tecnologia especializadas. Além disso, ele comentou que é de extrema importância que as organizações criem um sistema educativo sobre esse novo mercado para os profissionais internos, afinal, são os corretores que guiarão os clientes para as melhores oportunidades.

O painel também deixou claro que o Open Insurance permite que as instituições estreitem os laços com o público-alvo, entendendo com mais profundidade suas dores e anseios. Contudo, para que essa relação aconteça de maneira clara, o contratante do serviço precisa estar ciente dos seus benefícios –e isso, infelizmente, ainda não acontece no Brasil, por conta da falta de educação financeira para a população. Diante disso, é importante que as organizações ajudem o público nessa fase de aprendizagem, traduzindo as suas necessidades e construindo soluções em conjunto com as corretoras. Pois, quando os usuários entenderem o ecossistema, eles valorizarão mais os produtos e/ou serviços oferecidos pelas instituições. O mundo evoluiu e precisamos evoluir em conjunto, afinal, o Open Insurance é para todos!

Oportunidades que o Open Insurance trará para Seguradoras, Corretoras e Insurtechs 

Neste painel, Fernando Tassin falou sobre a importância do Open Insurance para a democratização do mercado de seguros. Destacou os trabalhos dos órgãos reguladores como o Banco Central e a Susep, que têm incentivado uma agenda de inovação, concorrência sadia e inclusiva, e impulsionando o surgimento de Fintechs e Insurtechs. Tassin, falou ainda sobre os benefícios da integração entre os sistemas de Open Banking e Open Insurance, no que se refere ao compartilhamento e análise de dados, e também das vantagens voltadas para os consumidores, quanto à agilidade, conveniência e segurança.

Jornada Rumo ao Open Insurance 

Nesse painel ficou claro que haverá um antes e um depois do Open Insurance. Os painelistas destacaram a evolução da experiência do consumidor, que deverá ser cada vez mais personalizada, assim como o aumento na concorrência, o que deve evidenciar cada vez mais a entrega de valor e a oferta do produto pensado para o indivíduo e não para o grupo, como um diferencial de cada instituição participante

Do ponto de vista da tecnologia, bastante evidenciado no painel, ficou claro que essa entrega personalizada deve ser acompanhada de uma infraestrutura capaz de processar um alto volume de dados com agilidade, fluidez e com cada vez menos atritos. Ou seja, a tecnologia terá papel fundamental na inovação e ao longo da jornada de compra do cliente. Além disso, a Lei Geral de Proteção de Dados foi citada como um grade catalisador da transparência, que deve ser um dos pilares da experiência do Open Insurance, de acordo com os palestrantes.

>>Leitura recomendada: Open banking e LGPD: como proteger as informações dos seus clientes

O Futuro do Setor de Seguros – Pesquisa Global CAPCO Seguros 2021 

A CAPCO, consultoria global focada em seguros, apresentou nesse painel uma pesquisa global realizada entre os meses de abril e maio desde ano, com entrevistados de mais de 13 países, incluindo o Brasil.

Entre os dados apresentados, podemos destacar 4 pilares globais: Digitalização; Hiper personalização; Educação financeira; Coberturas adicionais e vendas cruzadas.

Falando especificamente do Brasil, chama a atenção o fato de que 52% dos entrevistados não têm nenhum tipo de seguro (a título de exemplo, na China esse número é de apenas 16%). A maioria dos entrevistados afirmaram não ter seguro por achar que não é necessário (31%) ou por não entender muito de seguros (30%).

De acordo com a pesquisa, os principais motivos que levam os brasileiros a adquirir um produto de seguros são: aumento de renda (41%); para cuidar de um familiar idoso (27%); ou por conta da compra da casa própria (20%). Os principais critérios levados em consideração na hora de comprar um seguro são o custo-benefício (28%) e o valor da marca (24%).

O painel também destacou que os focos do mercado de seguros devem ser a digitalização, educação e conscientização do público, assim como o uso de Machine learning e Analytics na criação de ofertas personalizadas. Outro dado interessante para o Open Insurance  é que 78% dos entrevistados disseram estar dispostos a compartilhar dados em troca de benefícios.

Para acessar à pesquisa completa, clique aqui.

Open Insurance Week – Dia 3

Dia 3 - OIW 2021

Certificação Digital, Consentimentos e Segurança das APIs no Open Insurance: Mitigando riscos de fraudes

Nesse painel, apresentado por profissionais da área de tecnologia, ficou claro que o processo de digitalização da área de seguros vai melhorar o custo-benefício das operações, trazendo mais agilidade, segurança e transparência para a relação cliente-seguradora. Se a assinatura de um contrato antes levava cerca de 15 dias, no ambiente digital isso pode levar apenas algumas horas. Assim, quanto mais simples for o seu processo, mais alta será a sua conversão.

O painel ressaltou que a segurança – tema muito relevante no Open Insurance – precisa ser encarada com seriedade, afinal, não adianta querer resolver problemas novos, com práticas antigas. Por isso, os times de desenvolvimento precisam ficar cada vez mais atentos aos novos tipos de ataques cibernéticos. Além disso, as APIs – tecnologia que faz a troca de informações no ecossistema funcionar-, precisam ser desenvolvidas para ter segurança em camadas, de forma que os dados possam circular de maneira padronizada, transparente e somente com a autorização de compartilhamento fornecida pelo cliente. Um dos painelistas ressalta: “O cidadão é o CEO dos seus próprios dados”.

Seguradoras podem ter o Open Insurance as a service?

Nesta palestra ficou clara a importância da parceria entre seguradoras e empresas de tecnologia especializadas. Para cumprir com o determinado pelo regulatório da Susep, é mais viável contar com empresas parceiras que te auxiliem nesse processo. Como a primeira fase do Open Insurance está prevista para dezembro desse ano, é importante que as seguradoras estejam preparadas para cumprir os prazos.

A partir da colaboração com parceiros externos, as instituições podem poupar tempo, dinheiro e o capital humano, ou seja, a mão de obra. Além de frisar esse tópico, o palestrante ressaltou a importância de tratar o assunto de uma maneira estratégica. Por meio do Open Insurance, novos nichos e produtos serão colocados no mercado; por isso, as seguradoras precisarão estar preparadas para se comunicar com o público e com o mercado.

Impactos da regulação e oportunidades de negócios com o Open Insurance

Entre os destaques deste painel está a interoperabilidade entre os sistemas. A previsão é de que até 15 de dezembro o Open insurance se conecte à 4ª fase do Open Banking, permitindo uma visão completa da jornada financeira dos consumidores, posicionando o Brasil como pioneiro também em Open Finance.

O painelista Davi Cunha, Sr. Industry Executive da Microsoft, explica que a expectativa é de que essa linguagem comum facilite a comunicação e possibilite a ampliação do alcance da análise de dados.

Com o apoio da IA e modelos de machine learning, seguradoras poderão explorar este potencial de transformação, ampliando seus modelos de análise de dados em escala. Entre as oportunidades desta combinação entre IA e Open Insurance, Cunha cita a geração de insights em experiência do cliente; o surgimento de novos modelos de negócios e gerenciamento de riscos.

Assim como no painel “Corretores X Seguradoras: oportunidades e ameaças no Open Insurance”, Davi também citou o Embedded Insurance como uma tendência, além de prever outras oportunidades de negócio como insurance as-a-service, seguro comportamental e o uso de IoT.

 

Oportunidades do Open Insurance alinhado ao Open Finance

O painel destacou as múltiplas possibilidades de inovação e criação de novos modelos de negócio, produtos e serviços proporcionados pelo Open Insurance. A SISS (Sociedades Iniciadoras de Serviço de Seguro), poderão atuar como agregadoras de informação, de forma que os clientes possam visualizar em um único aplicativo todos os seus produtos de seguro ou ainda, como intermediárias entre clientes e seguradoras, para realizar contratações, renovações, entre outros serviços, simplificando o relacionamento com a seguradora.

O painelista ressaltou que a tendência é de que esse ecossistema fortaleça, com a utilização de dados, a atuação estratégica na jornada de compra do cliente, por meio de análises de comportamento e também da concorrência. Além disso, a interoperabilidade também deve contribuir com esse processo, justamente porque permite que seguradoras tenham acesso a dados bancários dos clientes (mediante autorização), criando ações de marketing mais assertivas.

Destaque para os 3 pontos críticos apresentados: experiência do cliente no canal digital, cultura ágil para criar novos produtos ou alterar processos e uso da cultura de dados para orientar a tomada de decisões.

Open Insurance Week – Dia 4

Dia 4 - OPINW

Desafios e soluções aceleradoras para Open Insurance

Por conta do compartilhamento de informações no Open Insurance, o mapeamento de dados é um dos grandes desafios da implementação desse ecossistema no Brasil, pois, atualmente, os dados se encontram espalhados em diversos sistemas legados, em cada seguradora. Dito isto, neste momento o grande objetivo das instituições participantes do ecossistema é organizar esses conteúdos de maneira padronizada, afim de facilitar o armazenamento, análise e a utilização intempestiva dessas informações.

Dentro deste quesito, são necessárias camadas de segurança e autenticação para o compartilhamento dessas informações entre as seguradoras. Afinal, apesar do Open Insurance facilitar o compartilhamento de dados, o acesso é autorizado somente pelo cliente. Para auxiliar nestes processos regulatórios, a orientação dos panelistas é que as instituições contratem empresas de tecnologia parceiras, que sejam responsáveis pela infraestrutura desse ecossistema. Dessa maneira, grandes desafios quanto a criptografia, poderão ser evitados.

Complementando o assunto, os palestrantes frisaram que em breve acontecerá uma interoperabilidade entre o Open Banking e o Open Insurance, com o intuito de juntar todas as bases de dados: sejam elas de seguradoras ou bancos. Para isso, é de extrema importância que as instituições participantes desse processo possuam um cadastro no diretório central e um certificado digital de participante do ecossistema, além de sistemas de segurança e gestão de consentimento eficientes.

Painel: Inovação

Mauricio Martinez e Fernando Morad falaram sobre as iniciativas de inovação da Porto Seguro e SulAmérica, respectivamente, reforçando a importância de estar próximo a esse ecossistema de inovação. Maurício acredita que apoiar startups, como é o caso da Porto Seguro, com a Oxigênio Aceleradora, traz benefícios mútuos e ajuda a mitigar os desafios que acompanham essa inovação, como o combate à fraude e as complexidades regionais do país.

A preocupação em relação à fraude foi apresentada como um dos principais desafios do Open Insurance e, segundo os palestrantes, caberá às operadoras de seguros educar seus clientes sobre como compartilhar seus dados com segurança e, assim, tomar as melhores decisões.

Os painelistas falaram também sobre as particularidades do mercado de seguros brasileiro: “Não dá para se basear em sistemas internacionais”, afirmou Maurício. Essas singularidades impactarão também a velocidade de disrupção do Open Insurance no país, que afetará primeiro os setores menos regulados.

Mundo “Open” no mercado das Seguradoras

A possibilidade de maior utilização de dados dos ecossistemas “Open”, como o Open Insurance, foi um dos temas centrais do painel, que comentou sobre a necessidade de inovação e atuação estratégica para as instituições que querem permanecer relevantes no mercado. Isso porque, a utilização dessas informações vai permitir um maior entendimento de quem é o cliente, as necessidades dele e como isso pode se converter em oportunidades e novos modelos de negócio. Porém, isso deve acontecer com agilidade, escalabilidade e flexibilidade.

Como ressaltaram os painelistas, é importante que haja um investimento em tecnologia para que as empresas possam processar esse alto volume de dados, para, de fato, extraírem insights valiosos e estratégias de sucesso. Além disso, com esse movimento há uma quebra de paradigma que deve fortalecer as parcerias com insurtechs e outras empresas que possibilitem uma expansão da atuação em mercados de nicho, sem perder a eficiência.

Destaque também para o potencial da educação como forma de se aproximar de clientes em potencial, assim como mudar a cultura de seguros no Brasil.

Como trabalhar a inovação na cadeia de Seguros

O último painel do dia apresentou diversos cases de inovação e criação de produtos e serviços de seguro, com foco na experiência do cliente na América Latina. De acordo com o palestrante, há uma série de benefícios que podem ser gerados para o negócio quando a empresa está focada na jornada do usuário, com soluções para cada ponto de fricção.

Destaque para o potencial da tecnologia, que é um dos principais meios para tornar esses serviços mais próximo do cliente, aumentando a geração de valor, afinal – como destacou o palestrante – um dos maiores problemas da indústria de seguros, é justamente a complexidade, já que muitos clientes não entendem na totalidade como funcionam os produtos. Além disso, é importante sempre considerar os interesses do cliente e não apenas os da seguradora. Muitas vezes, um novo produto é interessante do ponto de vista tecnológico para a empresa, mas não obtém o sucesso de mercado esperado, porque não considerou o cliente nesse processo.

Por fim, o palestrante destacou o momento do Open Insurance Brasil como um dos mais interessantes para criar novos modelos de negócio.

Open Insurance Week – Dia 5

OPIW - Dia 5

Quanto mais aumenta o investimento mais aumenta os ataques cibernéticos. As defesas cibernéticas estão sendo analisadas?

Com base em um artigo da Harvard Business Review, Antonio Celso R. Brasiliano, presidente da Brasiliano INTERISK, debateu sobre os desafios a serem vencidos dentro do universo da cibersegurança.

Segundo uma pesquisa realizada pela Kaspersky (empresa de segurança cibernética), de janeiro até agosto desse ano, o Brasil foi alvo de 481 milhões de tentativas de ataques cibernéticos. Para o palestrante, as empresas deveriam investir no conceito de Cyber Security Risks, pois, através deste processo de proteção, elas poderão definir quais são as atividades mais importantes; em quais pontos elas estão expostas; qual é o perfil do hacker que pode atacar; e quais são os sistemas que podem auxiliar na proteção dessas atividades.

Neste sentido, ele recomenda o envolvimento de equipes multidisciplinares nos processos, além de um foco maior na detecção dessas ameaças como o ponto de partida para a mudança dessa realidade. Afinal, com uma estratégia colaborativa, as instituições poderão evitar riscos procedentes do fator humano (engenharia social), do phishing e do ransomware. É importante ressaltar também, que para evitar a vulnerabilidade dentro do sistema, as empresas devem investir em sistemas de autenticação, patches, atualizações nos sistemas e métodos de seguranças que impeçam a entrada de terceiros na rede.

Mercado de Seguros na Jornada da Inovação da Susep: Oportunidades em Produtos, Mercados E Negócios

Fernando Fontes contextualizou a evolução do papel das registradoras ao longo dos anos no Brasil, que chegou a se tornar benchmark global em uso de registros. Segundo o Chief Executive Officer na CERC, é com essa confiança que a SUSEP incorporou o conceito das registradoras também para o mundo das seguradoras, e passou a estabelecer um cronograma de registros de apólices por parte das seguradoras registradas e autorizadas pela SUSEP.

O painelista acredita que a grande transformação se dará com a interoperabilidade entre os sistemas. Segundo Fernando, subestimamos o tamanho do impacto que esse efeito combinado de Open Banking, Open Insurance e do processo de registros de ativos financeiros pode trazer, como ser capaz de analisar todo o histórico do cliente, analisar esses dados e projetar seu perfil de risco; ou em termos transacionais, o surgimento de uma série de serviços que hoje são limitados no mercado de seguros, mas que poderão ser viabilizados pela iniciação de pagamento do OB; além das vantagens em termos de portabilidade para o âmbito de sistemas de registros.

O Chief Executive Officer compartilhou a perspectiva positiva da CERC quanto a essas mudanças, que segundo ele, trarão benefícios imensuráveis no âmbito da competição, inovação e mobilidade.

Regulação de Open Insurance: Uma visão das Insurtechs

“O futuro é Open”, apontam os dois palestrantes desse painel, que falou sobre a visão das insurtechs em relação ao Open Insurance. Como já comentado em outros painéis durante o Open Insurance Week, o mercado de seguros possui uma baixa penetração no Brasil. Por isso, há um grande potencial de crescimento e expansão, especialmente quando falamos em inclusão e cidadania, com a criação de produtos mais atraentes.

De acordo com a palestra, as insurtechs, nativas do ambiente digital, apostam em uma experiência simples e intuitiva, que pretende utilizar os dados (mediante autorização do cliente), para ofertar produtos e serviços personalizados e com preço justo, tendo em vista que essas novas informações serão utilizadas para uma análise comportamental do cliente. Além disso, Bárbara Possignolo, Head of Legal & Compliance na Pier, destacou que o uso desses dados comportamentais pode trazer muita gente que não consegue adquirir um produto de seguros por meios mais tradicionais.

O painelistas também falaram sobre o futuro papel da SISS, que ainda está em definição, sandbox regulatório, as mudanças em processos internos que o Open Insurance deve trazer, assim como os desafios tecnológicos de adequação ao regulatório do ecossistema. Ainda assim, o painel ressaltou a importância estratégica de ingressar no Open Insurance.

Como a BB Seguros está se preparando para o Open Insurance?

Daniel Kegler, Superintendente Executivo na BB Seguros e Cairo Cunha, Coordenador do Projeto Open Insurance na BB Seguros, apresentaram nesse painel como a BB seguros está se preparando para o Open Insurance. De acordo com os painelistas, a estratégia está concentrada em 3 pilares:

1 – Transformação digital: reformulação de plataformas para se tornar mais atrativo, com foco no desenvolvimento de APIs, analytics e jornadas digitais.

2 – Novos canais e novos modelos de negócio: buscar o cliente onde ele está, fazer ofertas contextuais relevantes e relacionadas ao momento de vida do cliente. Possibilidade de realização de inúmeras parcerias e colaborações para sair do óbvio.

3 – Relacionamento com o cliente: colocar o cliente no centro do desenho das estratégias, aperfeiçoando o relacionamento com o cliente em todo o ciclo.

Além disso, o painel também apresentou o ciclo de geração de valor do Open Insurance (na visão da BB seguros): maior procura do cliente por produtos de seguro; mais competição e colaboração/parcerias; mais conhecimento do cliente; aumento do mercado e mais soluções que gerem valor.

O tempo de inovar chegou. Conheça o OPUS Open Insurance!

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